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- Ano: 1973
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Fotografias:Jozef Vissel
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Fabricantes: Hafele
Descrição enviada pela equipe de projeto. Há poucos prédios tão famosos como a Ópera de Sydney. A longa história por trás de seu projeto iniciou-se em 1956, quando o Governo de Nova Gales do Sul lançou um concurso para a concepção de duas salas de espetáculos, para ópera e concertos sinfônicos, que colocariam Sydney no mapa.
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O arquiteto dinamarquês Jørn Utzon era desconhecido por seu trabalho até então. Sua proposta para o concurso, que consistia em alguns croquis simples, intrigaram o famoso Eero Saarinen, um dos jurados. "Os desenhos enviados são simples a ponto de serem diagramáticos", observou o júri. "Entretanto, estamos convencidos de que eles apresentam um conceito de uma Ópera capaz de tornar-se um dos grandes edifícios do mundo."
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A construção da Ópera de Sydney começou em março de 1959, após a demolição do existente Fort Macquarie Tram Depot. O projeto foi construído em três fases: a fundação e construção do embasamento com vista ao porto de Sydney, a construção das cascas externas e do interior.
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A obra do embasamento foi iniciada quando Utzon ainda não havia feito o desenho da Ópera, e foi supervisionada pela empresa de engenharia renomada Ove Arup & Partners. Por a construção ter começado abruptamente com algumas questões estruturais não resolvidas, determinados aspectos da base tiveram que ser modificados e reconstruídos após sua conclusão em 1963, a fim de suportar o peso das estruturas de concreto maciço que iria suportar.
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Entre 1957 e 1963, no meio da construção do embasamento, Utzon e Arup trabalharam no desenvolvimento de um sistema de estrutura em casca que tornaria o esquema esférico original estruturalmente possível. Doze iterações mais tarde, chegaram a uma solução que consistia em um sistema nervurado de cascas de concreto pré-moldado criados a partir de seções de uma esfera.
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Este sistema permitiu que cada nervura fosse construída com uma série de segmentos padronizados, através de moldes comuns no próprio canteiro de obras. Utzon queria que as cascas tivessem o aspecto de grandes velas brancas em contraste às águas azuis profundas do oceano abaixo. Para atingir essa estética, as cascas foram cobertas com 1.056.066 telhas cerâmicas feitas na Suécia, a partir de argila e brita. Juntamente com a colocação das telhas, foram necessários onze anos para completar a icônica estrutura da cobertura.
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Em 28 de fevereiro de 1966, após uma longa batalha com o Governo de Nova Gales do Sul por causa do aumento dos custos de construção, e com a quase finalização das estruturas de concreto, Utzon se demitiu do projeto. Apesar de um protesto com 3.000 assinatura para reintegrar Utzon ao projeto, o governo nomeou três arquitetos australianos, Peter Hall, DS Littlemore e Lionel Todd, para completar o projeto. Após o segmento pré-moldado de casca de número 2194 ser instalado em 1967, a segunda etapa do projeto estava concluída.
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Na terceira e última etapa do projeto sob a supervisão dos arquitetos recém-nomeados, o projeto original de Utzon foi significativamente alterado. A pedido da Australian Broadcasting Commission, o salão principal, originalmente proposto como um espaço multiusos para ópera e concertos, tornou-se um espaço exclusivo para concertos, acomodando 2.800 pessoas.
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A sala menor, originalmente planejada para produções teatrais, foi alterada como Casa de Óperas e Balés, e batizada de Teatro de Ópera. Grandes escadarias externas levam a estes dois auditórios principais, marcando uma entrada inesquecível. Devido à mudança dos principais salões, no entanto, o Teatro Ópera é, atualmente, muito pequeno para receber grandes produções de ópera e ballet. Três teatros menores, uma biblioteca e uma sala de cinema também foram adicionadas ao projeto original, juntamente com três restaurantes, seis bares, e sessenta vestiários. O edifício tem um total de 1.000 salas com acesso através de um pátio que circunda todo o edifício e conecta os cinco espaços de performances.
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O projeto para as grandes paredes de vidro externas também foi deixada nas mãos dos arquitetos designados. São apoiadas por montantes de aço verticais que se estendem até a extremidade das cascas. Barras de bronze correm por esses montantes para ajudar no suporte dos 2000 painéis envidraçados, projetados por Ove Arup & Partners, e que consistem em duas camadas de vidro ligados por uma camada intermediária de plástico, a fim de reforçar as janelas e proporcionar melhor isolamento acústico.
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O edifício foi finalizado e inaugurado pela Rainha Elizabeth II em outubro de 1973. Com uma estimativa inicial de 7 milhões de dólares, o orçamento foi amplamente ultrapassado, com um custo final de 102 milhões de dólares. Em 1989, o governo foi informado que a edificação necessitaria de reparos que custariam aproximadamente 86 milhões de dólares, devido às telhas caídas e à deterioração dos reforços estruturais.
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No entanto, esse custo excessivo foi o preço pago para transformar a Ópera de Sydney em um monumento da tecnologia, da sociedade e do mundo durante o século 20. Em 2007, tornou-se Patrimônio Mundial da UNESCO, juntamente com monumentos antigos, como o Stonehenge. Em 2003 Jørn Utzon foi recompensado com o Prêmio Pritzker, cinco anos antes de sua morte. Devido às questões políticas que levaram à sua renúncia anos antes, o arquiteto nunca mais voltou à Austrália para conhecer sua obra-prima acabada, considerada como uma das maiores estruturas já criadas.
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